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Acoplamento
Os acoplamentos são mecanismos encarregados de transmitir movimento e potência entre dois eixos, que, ao mesmo tempo,
absorvem os possíveis desalinhamentos, evitando tensões que danifiquem os componentes da transmissão. Em função da sua
conceção, podem ser fixos ou flexíveis.
De todos os tipos de acoplamento existentes, apenas se costumam lubrificar os denominados flexíveis (de lâminas/malha de aço ou
grelha, de corrente, de tambores e de engrenagens de dentes arqueados). As recomendações de lubrificação baseiam-se no uso de
massas adesivas com alta capacidade Extrema Pressão, alta resistência do óleo à centrifugação e consistências variáveis em função
do tipo de acoplamento e fabricante.
A AGMA (American Gear Manufacturers Association) define três tipos de massas para acoplamentos, através da AGMA Standard
9001-A86: Type CG-1, CG-2 e CG-3. Estes três tipos de massas diferenciam-se entre si pela viscosidade do seu óleo base (maior
viscosidade com maiores cargas de trabalho), o seu ponto de gota e pela sua consistência NLGI, que variará em função do tipo de
acoplamento a que se destina, o seu diâmetro e sua velocidade de rotação.
RECOMENDAÇÕES:
Para a escolha certa da massa mais adequada a cada caso, teremos em conta as seguintes recomendações:
• Recomenda-se o uso de massas complexas de alumínio. Poder-se-á utilizar outras formulações, de preferência massas com
elevado teor em polímeros e baixa percentagem de sabão (líticas ou cálcicas complexas).
• Utilizar-se-ão massas com elevada capacidade antidesgaste (AW) e extrema pressão (EP).
• Utilizar-se-ão aditivos sólidos (geralmente > 5 %) quando os acoplamentos estão sujeitos a cargas elevadas.
• A massa deverá ser compatível com os materiais das juntas e empanques dos acoplamento.
• A viscosidade do óleo base e a consistência NLGI da massa será selecionada em função do tipo de acoplamento e das suas
condições de trabalho.
• A massa selecionada superará os ensaios de separação de óleo de acordo com a ASTM D4425, pois que em condições de
trabalho extremas devem suportar acelerações até 10 g.
• O acoplamento deve encher-se com massa como máximo a 75 % da sua capacidade ou cavidade.
Tendo em conta estas premissas, os principais fabricantes de acoplamentos recomendam:
Lubrificação com massas
Acoplamentos de grade-tambores
Condições normalizadas
MAXIGRAS C45 EP
Ver página 2.
Condições extremas, inclusive em ambientes agressivos
MAXIGRAS 102/1
Massa de Complexo de Sulfonato de Cálcio EP.
AGMA Type CG-1/CG-2 NLGI 1 DIN KP1R-30 ISO-L-XCFIB-1 V (cSt a 40ºC) > 500 -30ºC a +180ºC
Massa de longa duração especialmente recomendada para ambientes agressivos com
presença de humidade, cargas, vibrações e temperaturas extremas.
Cargas e vibrações elevadas
MAXIGRAS COMPLEX M
Massa complexa EP com aditivos sólidos (grafito y MoS ) e óleo base de elevada viscosidade.
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AGMA Type CG-1/CG-2 NLGI 2 DIN KPF2P-20 ISO-L-XBEHB-2 V (cSt a 40ºC) > 375 -20ºC a +160ºC (+180ºC)
Especialmente indicada para acoplamentos de tambores sujeitos a cargas elevadas.
Evita os problemas de corrosão por vibração.
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